Os pesquisadores da Heidelberg estão lutando contra vírus perigosos: esperança através de novas estratégias!
A Universidade de Heidelberg lidera um projeto da UE para combater vírus através de estratégias moleculares e abordagens de investigação inovadoras.

Os pesquisadores da Heidelberg estão lutando contra vírus perigosos: esperança através de novas estratégias!
Um novo projecto da UE intitulado “Estratégias Moleculares contra a Entrada Viral e Protecção de Glicanos” (SHIELD) visa desenvolver métodos inovadores para combater agentes patogénicos virais perigosos, como flavivírus, mammarenavírus e henipavírus. Sob a direção do Prof. Klein, atuando no Departamento de Química Farmacêutica e Medicinal do Instituto de Farmácia e Biotecnologia Molecular Universidade de Heidelberg, esta iniciativa de investigação é apoiada com um montante total de financiamento de 1,45 milhões de euros para a universidade e 660.000 euros para o Hospital Universitário de Heidelberg.
O objetivo principal do projeto é prevenir a entrada de células virais e a subsequente replicação do vírus através do uso de inibidores de entrada específicos. Os principais métodos de pesquisa incluem a análise de glicanos, que se encontram na superfície celular e desempenham um papel essencial na resposta imunológica. As equipes de pesquisa pretendem perturbar os mecanismos moleculares que permitem que os vírus invadam as células hospedeiras.
Pesquisa e Desenvolvimento
O desenvolvimento de princípios ativos moleculares é realizado por meio de métodos auxiliados por computador, seguido de testes em sistemas biológicos, como análises in vitro, culturas celulares e modelos de camundongos. A longo prazo, a equipa pretende identificar substâncias de referência e potenciais candidatas para estudos clínicos.
Especialistas de diversas disciplinas – incluindo bioinformática, concepção de medicamentos, química, imunologia, biologia estrutural e virologia – estarão envolvidos no projecto, que também promove a colaboração internacional com outras oito universidades e instituições de investigação da Dinamarca, Alemanha, França, Países Baixos, Polónia, Portugal, Suécia e Suíça. A reunião inicial ocorreu em meados de fevereiro de 2025 na Universidade de Heidelberg.
O papel dos glicanos no sistema imunológico
A importância da glicosilação, uma modificação pós-tradução comum das proteínas, está a tornar-se cada vez mais clara. Os glicanos estão presentes na superfície dos vírus e nos tecidos humanos e influenciam as interações entre os patógenos e o hospedeiro. Várias proteínas de ligação a glicanos (GBPs) decodificam a informação biológica armazenada na diversidade de estruturas de glicanos. Estas estruturas ajudam a distinguir entre “próprio” e “não próprio”, o que é crucial para o funcionamento do sistema imunitário.
Como Natureza relatado, alterações no glicoma celular causadas por fatores genéticos e ambientais podem estar ligadas a fenótipos patológicos. Nas doenças inflamatórias e autoimunes, alterações significativas na glicosilação ocorrem frequentemente sob a influência de citocinas pró-inflamatórias.
A investigação prova que os glicanos também estão envolvidos no reconhecimento e resposta a infecções bacterianas, virais e fúngicas e podem apoiar a capacidade dos micróbios de escapar às respostas imunitárias. Particularmente notáveis são os glicoepítopos topológicos, que representam grupos específicos de glicanos reconhecidos por anticorpos. Estas descobertas poderão fornecer potenciais ferramentas terapêuticas e de diagnóstico para combater infecções no contexto de vacinas e novas terapias.
O Projeto SHIELD tem potencial para avançar no desenvolvimento de melhores vacinas e fortalecer o sistema imunológico contra infecções virais. Os resultados da investigação sobre o papel dos glicanos no sistema imunitário são vistos como fundamentais para combater infecções e conter surtos virais, ao mesmo tempo que prosseguem novas abordagens de investigação de ponta no campo da terapia à base de glicanos.
Em resumo, as novas intervenções moleculares que estão a ser desenvolvidas no âmbito do projecto da UE não só oferecem o potencial para melhorar a imunoterapia, mas também representam um avanço significativo na investigação em saúde global.