Proteção de dados no ensino superior: Votar com segurança apesar da digitalização!
Descubra como a Universidade de Erlangen-Nuremberg lida com o GDPR e organiza eleições online em conformidade com os regulamentos de proteção de dados.

Proteção de dados no ensino superior: Votar com segurança apesar da digitalização!
As eleições estão a aproximar-se em muitas universidades na Alemanha no dia 3 de junho de 2025. Estes eventos não são apenas importantes para a comunidade universitária, mas também levantam questões fundamentais sobre a proteção de dados. A disseminação de procedimentos de votação digital exige um tratamento sensível de dados pessoais, que é especificamente regulamentado pelo Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE (EU-GDPR).
O GDPR da UE, que entrou em vigor em 25 de maio de 2018, dá aos cidadãos mais controle sobre o processamento dos seus dados. Nesse sentido, pontos importantes do regulamento incluem o direito à informação sobre o processamento de dados, o consentimento para o armazenamento de dados e o direito de exclusão de dados sob certas condições. As universidades, como instituições que processam uma grande quantidade de dados pessoais sobre estudantes e funcionários, devem aderir a regras rigorosas para evitar violações da proteção de dados.
Proteção de dados nas eleições universitárias
O processamento adequado dos dados dos eleitores é fundamental nas eleições universitárias. A plataforma POLYAS implementou estratégias de segurança que garantem a proteção dos dados durante as eleições online. Isto significa que apenas os dados necessários são recolhidos e o processo permanece anónimo. Por exemplo, POLYAS utiliza um registo eleitoral anónimo que só funciona com códigos únicos, para que a identidade das pessoas elegíveis para votar nunca seja conhecida.
Os eleitores elegíveis fazem login diretamente no sistema de votação via SecureLink sem precisar se registrar separadamente. Essa abordagem reduz o risco de vazamento de dados. De acordo com as diretrizes de segurança da POLYAS, o princípio do token garante uma separação estrita entre os dados dos eleitores e os boletins de voto. Métodos de registo alternativos, como o procedimento PIN/TAN, também oferecem um elevado nível de segurança.
Desafios e condições do enquadramento jurídico
As universidades não são privilegiadas pelos requisitos do RGPD da UE, o que significa que, tal como outras instituições, enfrentam sanções por violações. Isto inclui não apenas sanções administrativas, mas também danos à imagem que podem resultar de violações da proteção de dados. A responsabilidade pelo processamento de dados cabe diretamente às universidades e exige que elas assumam extensas obrigações de documentação, informação e organização.
O tratamento de dados pessoais não só de estudantes, mas também de docentes e de projetos de investigação, é um desafio. As universidades devem garantir que cumprem o quadro legal ao digitalizar e avaliar os dados dos estudantes. A situação jurídica na Alemanha é determinada pela Lei Federal de Proteção de Dados (BDSG) e por leis estaduais especiais de proteção de dados.
Em resumo, o tratamento de dados pessoais nas eleições universitárias é uma interação complexa de implementação técnica e requisitos legais. As universidades são obrigadas a adaptar as suas estratégias ao ambiente em constante mudança, enquanto a segurança dos dados dos eleitores continua a ser de suma importância. A combinação de medidas eficazes de protecção de dados e de tecnologias de votação modernas poderia não só aumentar a participação eleitoral, mas também reforçar a confiança na integridade das eleições universitárias. Para mais informações sobre os desafios da proteção de dados nas universidades, recomendamos a leitura POLIAS e Pesquisa e ensino.