Avanços na pesquisa do tumor de Wilms: filhos de pais afetados!

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Uma pesquisa da Universidade de Würzburg sobre tumores de Wilms em crianças revela fatores de risco genéticos e novas abordagens terapêuticas.

Forschung der Uni Würzburg zu Wilms-Tumoren bei Kleinkindern enthüllt genetische Risikofaktoren und neue Therapieansätze.
Uma pesquisa da Universidade de Würzburg sobre tumores de Wilms em crianças revela fatores de risco genéticos e novas abordagens terapêuticas.

Avanços na pesquisa do tumor de Wilms: filhos de pais afetados!

Uma equipe de pesquisa da Universidade de Würzburg fez progressos significativos no estudo de tumores renais, especialmente do tumor de Wilms. Esta forma de câncer renal afeta principalmente crianças menores de cinco anos e é um dos tipos de câncer mais comuns nessa idade. Cerca de 100 crianças na Alemanha desenvolvem este tumor todos os anos. Como uni-wuerzburg.de relatórios, os cientistas estão analisando a predisposição hereditária para tumores de Wilms usando amostras do Wilms Tumor Biobank coletadas ao longo de três décadas, de 1994 a 2022.

No total, foram examinadas amostras de cerca de 1.800 crianças afetadas. Os pesquisadores conseguiram identificar 20 tumores familiares e 109 tumores bilaterais. Vale ressaltar que mais de 90% dos casos tinham predisposições genéticas. Estes resultados apoiam a “hipótese de dois acertos” formulada por Alfred Knudsen para explicar a tumorigênese. Uma mutação comum em um gene supressor de tumor, o gene WT1, foi identificada. A inativação de ambas as cópias do WT1, juntamente com a ativação do fator de crescimento IGF2, representa um fator chave para a formação do tumor.

Descobertas genéticas e suas implicações

A pesquisa também mostrou que alterações genéticas na linha germinativa foram detectadas em cerca de 50% dos pacientes. No entanto, um terço das crianças apresentava distúrbios da impressão genómica do gene IGF2, que não são hereditários. Estas predisposições epigenéticas conduzem frequentemente a “mosaicos” de expressão normal e perturbada do IGF2, que pode sofrer mutações nas células renais e desenvolver tumores. Crianças com esta constelação neuropatológica específica têm um risco aumentado de segundos tumores e insuficiência renal precoce, que é ainda intensificado pelas anomalias genéticas em ambas as gerações de irmãos. Os investigadores recomendam, portanto, exames moleculares de amostras de sangue e tumores para identificar casos de alto risco numa fase inicial.

Outro aspecto importante do estudo é o papel das alterações genéticas no tratamento e no prognóstico da doença. Os tumores com alterações no gene WT1 formam um subgrupo separado, enquanto outros tumores são caracterizados por diversas mutações parcialmente desconhecidas. Os padrões de expressão genética e a metilação do DNA são cruciais para a diferenciação em subgrupos geneticamente definidos, apoiando o desenvolvimento de planos de tratamento personalizados. Tais estratégias visam minimizar os efeitos colaterais e, ao mesmo tempo, garantir tratamentos eficazes.

As colaborações nesta pesquisa incluem o Wellcome Sanger Institute e outras instituições, incluindo Cambridge University Hospitals NHS Foundation Trust e Great Ormond Street Hospital. Estes esforços interdisciplinares visam desenvolver uma melhor avaliação dos riscos e um rastreio direccionado para as crianças afectadas.

Um olhar para o futuro

Os resultados do estudo indicam que as análises genéticas e uma melhor compreensão da biologia dos tumores de Wilms são de grande importância não só para as pessoas afetadas, mas também para os seus irmãos e descendentes. A longo prazo, estas descobertas poderão ajudar a estabelecer programas de rastreio eficazes que tornem possível detectar predisposições genéticas numa fase precoce. Isto poderia não só melhorar os resultados do tratamento, mas também reduzir o risco de cancros secundários.

A publicação original da pesquisa apareceu na “Genome Medicine” e reflete uma mudança fundamental na forma como vemos doenças genéticas como o tumor de Wilms. Em última análise, tais estudos criam a base para a seleção de abordagens terapêuticas mais precisas e centradas no paciente no futuro. O apoio de organizações como a Little Princess Trust, a Wellcome, a DFG e a BMBF desempenha um papel crucial na promoção deste importante trabalho de investigação.