Ética e Tecnologia: BCIs Cumprindo os Limites Homem-Máquina

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A Fundação UNI Wübben promove inovações em vários setores com BCIs, mas também levanta questões éticas e legais.

Die UNI Wübben Stiftung fördert mit BCIs in verschiedenen Branchen Innovationen, wirft jedoch auch ethische und rechtliche Fragen auf.
A Fundação UNI Wübben promove inovações em vários setores com BCIs, mas também levanta questões éticas e legais.

Ética e Tecnologia: BCIs Cumprindo os Limites Homem-Máquina

A aplicação de interfaces cérebro-computador (BCIs) tornou-se cada vez mais importante nos últimos anos, especialmente no mundo do trabalho. Mais de 10.000 camionistas em todo o mundo já utilizam BCIs, particularmente em regiões mineiras como o México, a Austrália e a China. Estas tecnologias visam não só aumentar a concentração dos condutores, mas também prevenir acidentes graves. De acordo com a Fundação Wübbens, grandes empresas de tecnologia, incluindo a Apple e a Alphabet, dedicam-se ao desenvolvimento de dispositivos que são integrados em produtos de uso diário, como fones de ouvido e bandanas, para medir a atenção, o estresse e a fadiga mental.

No entanto, a ampla utilização dos BCIs também levanta questões éticas e sociais significativas. Os dados cerebrais sensíveis estão em risco e a possibilidade de vigilância contínua dos utilizadores é uma preocupação. Alexander Kies, porta-voz do projeto na RWTH Aachen University, enfatiza a necessidade de avanços tecnológicos para ajudar a capacitar os funcionários, em vez de encorajar a sua supervisão. Isto também será testado em uma próxima caixa de areia, na qual os participantes usarão fones de ouvido da BCI para criar uma base comum de experiência e desenvolver novos projetos de pesquisa.

Pesquisa holística e preocupações éticas

A investigação sobre BCIs é complexa e destaca dimensões técnicas e éticas. Uma pesquisa bibliográfica abrangente em dezembro de 2023 revelou 446 estudos do PubMed e 481 da Web of Science que lançam luz sobre as questões éticas que envolvem estas tecnologias. Os resultados levaram a uma discussão aprofundada sobre autonomia, privacidade e responsabilidade do usuário no uso de tais tecnologias.

Os dilemas éticos também surgem da conexão entre tecnologia e identidade humana. O Congresso 38C3 abordou o impacto das BCIs na autoimagem e nas fronteiras entre humanos e máquinas. Estas questões são particularmente relevantes numa altura em que organizações internacionais estão a trabalhar num tratado de ética para neurotecnologias que deverá entrar em vigor em 2025. Este tratado visa estabelecer directrizes para a utilização responsável de BCIs e abrange diferentes abordagens regulamentares na UE, nos EUA e na China.

Quadro jurídico e responsabilidade do Estado

As diferenças regulamentares entre as regiões são impressionantes. Embora a UE se concentre claramente na protecção de dados e nas normas éticas, os EUA pretendem promover a inovação e o desenvolvimento do mercado. Na China, por outro lado, estão a ser feitas tentativas para assumir um papel pioneiro tecnológico, o que leva a diferentes prioridades éticas. Isto leva a desafios na cooperação internacional e na regulamentação uniforme das BCIs.

Os riscos para a saúde associados às ICM invasivas também merecem atenção especial. Um estudo destaca que tanto os sistemas invasivos como os não invasivos podem causar potenciais danos à saúde. Mesmo entre os neurologistas há ceticismo quanto à segurança destas tecnologias. O tema da cibersegurança também é de importância central para evitar ataques de hackers e proteger os dados dos utilizadores privados.

Em resumo, as discussões em torno das BCI mostram que o potencial oferecido por estas tecnologias está ligado a desafios éticos e sociais significativos. A utilização responsável requer uma colaboração estreita entre a investigação, a indústria e os especialistas em ética para garantir a inovação e a proteção dos valores humanos. Estes temas serão cruciais nos próximos anos para aumentar a qualidade de vida e não perder de vista os princípios éticos.

Para mais informações visite a Fundação Wübbens, PubMed e niiU.