Nova esperança para pacientes com CMT: Mitofusina 2 como descobridora da proteção celular!
Pesquisadores de Colônia revelam uma nova função da proteína mitofusina 2 (MFN2) no controle da qualidade das proteínas e na saúde celular.

Nova esperança para pacientes com CMT: Mitofusina 2 como descobridora da proteção celular!
No dia 9 de março de 2025, pesquisadores de Colônia, Bochum, Pádua e Angers apresentarão um relatório sobre o papel recém-descoberto da proteína mitocondrial mitofusina 2 (MFN2) no controle de qualidade das proteínas. Estes resultados poderiam potencialmente permitir novas abordagens terapêuticas para tratar a doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT), uma doença neurológica atualmente incurável. O estudo foi publicado na renomada revista Comunicações da Natureza publicado e mostra uma conexão significativa entre a função mitocondrial, a qualidade da proteína e a saúde geral das células.
Liderada pela Dra. Mafalda Escobar, do Instituto de Genética, a equipa de investigação identificou que o MFN2 não é apenas conhecido pela fusão mitocondrial, mas também desempenha um papel protetor contra a aglomeração de proteínas nas células. Os resultados mostram que uma mutação no MFN2 leva a agregados proteicos prejudiciais nas células da pele de pacientes com CMT. A proteína interage especificamente com o proteassoma e acompanhantes para prevenir a formação de proteínas tóxicas.
A influência do MFN2 na saúde celular
O grupo de investigação também descobriu que a comparação do MFN2 com a proteína relacionada MFN1 mostra que apenas o MFN2 interage com o proteassoma, sublinhando o seu papel central na manutenção da qualidade da proteína. Este trabalho mostra a importância do MFN2 para o equilíbrio entre a síntese e a quebra de proteínas dentro da célula. A falha neste mecanismo poderia levar ao desenvolvimento e agravamento de doenças como CMT e obesidade.
Além de identificar o MFN2 como um ator crítico no controle de qualidade das proteínas, os cientistas usaram técnicas de ponta em proteômica, microscopia e bioquímica para investigar suas hipóteses. Eles analisaram aspectos específicos, como a cristalização do MFN2 e suas interações com acompanhantes e o proteassoma. Esta variedade detalhada de métodos, que vai desde a recombinação até ensaios como o teste FRET, ilustra a análise aprofundada das estruturas proteicas e suas funções.
Ambiente de pesquisa e perspectivas futuras
O projeto recebeu amplo apoio de instituições como a Fundação Alemã de Pesquisa e a Fundação Fritz Thyssen. Alunos de doutorado da Escola de Pós-Graduação em Pesquisa do Envelhecimento (CGA) de Colônia também estiveram ativamente envolvidos nas investigações e, assim, contribuíram para o aprofundamento do estudo.
Os resultados desta investigação podem não só ser importantes para o tratamento da CMT, mas também abrir novos caminhos para abordagens terapêuticas na luta contra outras doenças, como a obesidade. Dr. Escobar vê o trabalho com MFN2 e seu papel na saúde celular como um passo crucial na proteção das funções neuronais e no desenvolvimento de tratamentos avançados.