Novo raio de esperança: ativação imunológica detectada na paraplegia espástica!
A Universidade de Bonn está pesquisando a paraplegia espástica tipo 15, cuja inflamação causa danos neuronais precoces.

Novo raio de esperança: ativação imunológica detectada na paraplegia espástica!
Os últimos desenvolvimentos na pesquisa da paraplegia espástica tipo 15 são o foco de um projeto interdisciplinar liderado pela Profa. Elvira Mass do Instituto LIMES da Universidade de Bonn e pelo Dr. Esta doença afeta os neurônios do cérebro responsáveis pelo controle dos movimentos e causa espasmos e paralisia descontrolados que geralmente começam no final da infância. O gatilho exato para a morte das células cerebrais é atualmente desconhecido, mas um defeito no gene SPG15, responsável por uma proteína importante, parece desempenhar um papel fundamental. Segundo os pesquisadores, a inflamação maciça ocorre antes que ocorra o primeiro dano neuronal, o que indica uma progressão precoce da doença.
O estudo centra-se em particular no papel do sistema imunitário, com investigadores examinando o comportamento da microglia – as células imunitárias do cérebro – e das células imunitárias da medula óssea. A microglia migram para o cérebro durante o desenvolvimento embrionário, enquanto outras células do sistema imunológico podem chegar lá através da corrente sanguínea. Uma parte notável da pesquisa envolve a marcação de células da medula óssea com um corante fluorescente para distingui-las da microglia. A microglia muda no início do desenvolvimento da doença e se transforma na chamada “microglia associada à doença”, que libera substâncias mensageiras e promove a ativação de células T citotóxicas. Essa interação aumenta o processo inflamatório, sugerindo que a ativação imunológica precoce caracteriza as primeiras fases da doença e não a perda de neurônios motores.
Doenças neurológicas autoimunes em foco
Além disso, pesquisas na Charité – Universitätsmedizin Berlin lançam luz sobre o desenvolvimento, diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas que são influenciadas por autoanticorpos. O grupo de investigação clínica “PorqueY” é financiado pela Fundação Alemã de Investigação (DFG) com 6,2 milhões de euros ao longo de quatro anos. Este grupo tem como objetivo investigar a frequência, os alvos e as funções dos autoanticorpos afetados pelos neurônios, que podem potencialmente desencadear doenças como demência, epilepsia, psicoses e encefalite autoimune. O Prof. Matthias Endres ressalta que a necessidade de pesquisas sobre autoimunidade em neurologia e psiquiatria ainda é grande.
Como parte da pesquisa, será criado um centro que combina pesquisa básica e clínica. Amostras de pacientes serão coletadas aqui para desenvolver novos testes diagnósticos e métodos terapêuticos inovadores. Pesquisadores liderados pelo Prof. Harald Prüß planejam recriar autoanticorpos e entender como eles funcionam. As possibilidades com que os autoanticorpos podem ser tratados no futuro também poderiam fornecer informações sobre outras doenças, como acidente vascular cerebral e demência neurodegenerativa.
Potenciais abordagens terapêuticas
Os resultados desta pesquisa são promissores e destacam a importância da colaboração interdisciplinar. Os resultados do estudo sobre paraplegia espástica tipo 15 e doenças neurológicas autoimunes podem levar a novas perspectivas terapêuticas. Estes incluem, entre outras coisas, medicamentos para suprimir o sistema imunitário, que podem ser importantes não só na paraplegia espástica, mas também noutras doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
Os desenvolvimentos atuais mostram que a medicina está num caminho abrangente para compreender melhor as causas e mecanismos das doenças neurológicas. A combinação de investigação básica, aplicação clínica e colaboração interdisciplinar é crucial para o desenvolvimento de novas terapias e para a melhoria sustentável da qualidade de vida das pessoas afetadas.
Para obter mais informações sobre o estudo atual e seus resultados, visite Universidade de Bona, o Institutos Nacionais de Saúde bem como o Charité – Medicina Universitária de Berlim.