Contagem regressiva eleitoral: coalizões e crises – o que nos espera em 2025?
Painel de discussão sobre as eleições federais de 2025 na RPTU: Especialistas analisam resultados eleitorais e opções políticas em 26 de fevereiro.

Contagem regressiva eleitoral: coalizões e crises – o que nos espera em 2025?
Em 9 de março de 2025, a campanha para as eleições federais será particularmente dinâmica. A eleição decisiva ocorreu em 23 de Fevereiro de 2025, depois de o cenário político ter estado em mudança desde o colapso da coligação em Novembro de 2024. Isto levou a uma série de decisões eleitorais que não só influenciaram as sondagens de opinião nos últimos meses, mas também moldaram tópicos centrais de discussão política na Alemanha.
No dia 26 de fevereiro, um painel de discussão foi organizado no Altes Kaufhaus Landau pelo Instituto Frank Loeb da RPTU. O evento representou uma importante oportunidade para analisar os resultados eleitorais e encontrar respostas para questões-chave. Isto incluiu as decisões dos eleitores e os seus factores de influência, bem como possíveis opções do governo após as eleições.
Desafios do novo governo
O painel de discussão cobriu vários tópicos críticos. Em particular, o processo de transformação económica, a escassez de trabalhadores qualificados e as tensões geopolíticas, incluindo a guerra na Ucrânia e o conflito no Médio Oriente, foram intensamente discutidos. Além disso, a possibilidade de um governo minoritário era uma questão fundamental, especialmente tendo em conta os desafios que o novo governo teria de superar.
Os participantes da discussão foram especialistas renomados: Marcus Höreth, Professor de Política Interna e Governo Comparado na RPTU Kaiserslautern, e Manuela Glaab, Professora de Ciência Política na RPTU Landau e diretora científica do Instituto Frank Loeb. A sua experiência deverá ajudar a desenvolver perspectivas claras sobre a situação política actual.
Pesquisas de opinião e possíveis coalizões governamentais
No período que antecedeu as eleições federais, vários inquéritos forneceram informações interessantes sobre as preferências políticas dos cidadãos. Uma pesquisa da Forsa de 1º de outubro de 2024 mostrou que 47% dos entrevistados não votariam em um candidato a chanceler. Friedrich Merz recebeu 27%, enquanto Olaf Scholz recebeu 26% dos votos. Este sentimento também se reflectiu num inquérito realizado no final de Agosto de 2024, onde 50% responderam “nenhum/não sei” e tanto Scholz como Merz ficaram com 25% cada.
Além disso, numa sondagem do INSA, em que Markus Söder foi considerado o candidato a chanceler da CDU/CSU, constatou-se que conseguiu atrair 37% dos votos, enquanto 30% afirmaram que não votariam num candidato. A pesquisa de opinião mostra o quão volátil era o humor dos eleitores e as incertezas que cercavam os partidos.
No contexto da Renânia-Palatinado, a actual coligação governamental composta pelo SPD, FDP e Aliança 90/Os Verdes já não é vista como viável porque já não tem maioria. As futuras possibilidades de coligação poderão ser influenciadas pela mudança teórica na distribuição de assentos no parlamento estadual, especialmente se os partidos quiserem ultrapassar a barreira dos cinco por cento.
A entrada no painel de discussão em Landau foi gratuita, mas foi recomendada a inscrição por e-mail para fli[at]rptu.de. Isto ilustra o compromisso do Instituto Frank Loeb, que se dedica à análise científica dos desenvolvimentos sociopolíticos e à promoção da educação política.
No geral, é claro que o cenário político antes e depois das eleições federais de 2025 é caracterizado por opiniões diversas, incertezas e desafios significativos que terão um impacto duradouro nos debates nos próximos meses.