Gémeos digitais: tecnologia chave para uma política ambiental sustentável!
A KU Ingolstadt promove projetos sustentáveis com gêmeos digitais para melhorar a gestão da água e a biodiversidade.

Gémeos digitais: tecnologia chave para uma política ambiental sustentável!
O Instituto de Planícies Inundáveis da Universidade Católica (KU) Neuburg-Ingolstadt está envolvido no projeto da UE SWIM, cujo objetivo é melhorar as condições de vida das espécies de peixes migratórios. O Prof. Bernd Cyffka, diretor do instituto, enfatiza a importância da colaboração com atores locais. Estas colaborações são cruciais para garantir benefícios ecológicos, sociais e económicos a longo prazo. O Aueninstitut traz para este projeto uma experiência valiosa de numerosos projetos à escala da UE. O intercâmbio entre organismos governamentais, ONG, cientistas e as comunidades locais afectadas é intensificado através da cooperação transnacional no âmbito da aliança SWIM.
Um aspecto central do projecto é a participação activa em medidas-piloto ao longo do Danúbio e dos seus afluentes. Estas medidas são acompanhadas por programas de formação e educação que se destinam a beneficiar tanto os estudantes como as autoridades locais e as ONG. O objectivo é aprofundar o conhecimento sobre a gestão e renaturação da água e sensibilizar o público para estes temas.
Inovações tecnológicas em foco
O projeto tem um volume de financiamento que ronda os 470 mil euros. As inovações tecnológicas desempenham um papel central na implementação de medidas ecológicas. Aqui são utilizados gêmeos digitais, que otimizam as medidas planejadas com base na simulação. Esta tecnologia avançada permite monitorizar as condições do habitat em tempo real – tarefa também apoiada por drones. Além disso, os sistemas de gerenciamento de dados apoiados em blockchain envolvem a colaboração de todos os envolvidos e aumentam a transparência do projeto.
A realidade virtual também é usada para promover o envolvimento das partes interessadas e fornecer conteúdo educacional de forma interativa. O objetivo a longo prazo do projeto SWIM é melhorar significativamente a política ambiental e, assim, contribuir para a Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030, a Diretiva-Quadro da Água, a Diretiva Habitats e o Acordo Verde Europeu.
Gêmeos digitais: uma ferramenta para o futuro
Os gémeos digitais não são relevantes apenas para o projeto SWIM. A iniciativa D21 publicou recentemente um artigo que examina a aplicação desta tecnologia do ponto de vista da sustentabilidade. Os gêmeos digitais, como também são chamados, são imagens digitais de alta precisão do mundo real. Refletem as mudanças em tempo real e permitem a previsão e o planeamento de medidas ambientais antes que os problemas realmente ocorram.
Por exemplo, Singapura iniciou a criação de um gémeo digital da cidade em 2012, o que levou a progressos significativos no planeamento e implementação de infraestruturas urbanas. As previsões sugerem que os gémeos digitais poderão criar um valor económico de até 1,2 biliões de euros até 2030 e reduzir as emissões de CO2 em 7,5 gigatoneladas. Este efeito potencial poderia contribuir significativamente para alcançar os objetivos climáticos da Alemanha.
A tecnologia já se estabeleceu em vários setores, incluindo indústria, medicina e energia. Um exemplo do mundo real mostra Amesterdão a introduzir um sistema para planear medidas de proteção térmica, ao mesmo tempo que disponibiliza ao público dados ambientais e de tráfego encriptados de forma transparente. Este conceito promove a participação cidadã e deve servir de modelo para outras cidades.
Em conclusão, pode resumir-se que a utilização de gémeos digitais pode não só reduzir significativamente os tempos de desenvolvimento de projectos de política ambiental, mas também aumentar a eficácia das medidas de protecção climática. A visão para 2050 fala de uma Europa conectada, na qual os gémeos ambientais abertos sejam capazes de fornecer informações precisas sobre o clima, a mobilidade e os impactos ambientais.
Estes desenvolvimentos mostram o potencial que reside na combinação da gestão ambiental tradicional com as tecnologias mais recentes. Será essencial que a sociedade, a ciência e a política trabalhem em conjunto num futuro sustentável.