Confia na polícia? Estudo revela discriminação!

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Em seu estudo, Sabrina Mayer e Lisa Walter, da Universidade de Bamberg, examinam a influência da discriminação na confiança na polícia.

Prof. Dr. Sabrina Mayer und Lisa Walter der Uni Bamberg untersuchen in ihrer Studie den Einfluss von Diskriminierung auf das Vertrauen in die Polizei.
Em seu estudo, Sabrina Mayer e Lisa Walter, da Universidade de Bamberg, examinam a influência da discriminação na confiança na polícia.

Confia na polícia? Estudo revela discriminação!

Na Europa Ocidental, a confiança na polícia está a diminuir, especialmente entre os imigrantes e os seus descendentes. Um estudo atual da Universidade de Bamberg, publicado pela Profa. Sabrina Mayer e Lisa Walter, lançou luz sobre a ligação crítica entre as experiências de discriminação e as percepções da polícia. A pesquisa é baseada em dados do DeZIM.panel, uma pesquisa representativa abrangente na Alemanha na qual foram analisados ​​1.001 entrevistados com histórico de imigração. As experiências negativas com a polícia e a discriminação quotidiana têm um forte impacto na confiança nesta instituição.

Os resultados do estudo mostram claramente que a discriminação no contacto com a polícia conduz a um declínio significativo da confiança. Os encontros justos, por outro lado, podem fortalecer a confiança. A influência das experiências de discriminação na confiança é particularmente pronunciada entre os entrevistados nascidos na Alemanha. Estas conclusões destacam a necessidade urgente de estratégias abrangentes para combater a discriminação e o racismo. A publicação do estudo intitula-se: “Além dos encontros policiais: racismo cotidiano e confiança na polícia”.

Discriminação nas ações policiais

O tema não é novo, mas a urgência é sublinhada pelo estudo “Polícia e Discriminação – Riscos, Lacunas de Investigação, Recomendações para Acção” da Agência Federal Anti-Discriminação. Isto mostra que a discriminação pode ocorrer em todas as áreas da acção policial, seja durante verificações de identidade, apresentação de relatórios ou sob custódia. A Comissária Federal Independente, Ferda Ataman, sublinha que uma protecção consistente contra a discriminação pode reforçar significativamente a confiança no Estado de direito.

O Comissário da Polícia Uli Grötsch apela aos gestores para que modelem uma política de tolerância zero contra a discriminação. Os incidentes de violência policial e de discriminação racial não só prejudicam a confiança na polícia, mas também noutras instituições do Estado. Além do racismo, o estudo também nomeia factores de discriminação como a idade, o género, a religião, a deficiência e a identidade sexual que precisam de ser realçados.

Estratégias para melhoria

Para melhorar a situação, o estudo formulou várias recomendações de acção. Isto inclui a revisão das estruturas policiais para torná-las sensíveis à discriminação, formação obrigatória para os agentes e a criação de órgãos independentes para reclamações. Além disso, considera-se necessária uma revisão dos regulamentos legais existentes, especialmente no que diz respeito aos controlos infundados e às tecnologias digitais. Ataman apela a uma maior cooperação entre a política, a polícia e a sociedade civil para criar uma força policial justa e sensível à discriminação.

Os actuais incidentes ilustram o problema: as investigações contra alguns agentes da polícia por actividades racistas e extremistas de direita têm chegado às manchetes nas últimas semanas. O Tribunal Administrativo Superior da Renânia do Norte-Vestfália confirmou a demissão de um agente da polícia devido a cargos de extrema-direita, enquanto o Ministério Público de Osnabrück está a investigar dois agentes que fizeram a saudação de Hitler e distribuíram fotografias racistas. Todos os agentes em causa já não se encontram em serviço e foram instaurados processos disciplinares.

Os resultados destes estudos lançam um olhar crítico sobre a situação actual dentro da polícia e destacam os desafios que precisam de ser ultrapassados ​​para ganhar confiança. Resta saber que medidas serão tomadas para responder às necessidades dos grupos afectados e provocar mudanças reais.

uni-bamberg.de, antidiscriminaçõesstelle.de, migazin.de