Revolução na medicina: a edição do genoma pode curar doenças!
A Universidade de Münster está a desenvolver uma estratégia inovadora para a substituição de carbono-nitrogénio em produtos farmacêuticos.

Revolução na medicina: a edição do genoma pode curar doenças!
O desenvolvimento da investigação sobre a edição do genoma afecta cada vez mais cientistas e médicos. Avanços recentes demonstram o potencial de novos métodos que prometem aplicações de longo alcance na medicina humana. Em particular, os compostos biológicos como os indóis e os benzofuranos estão a tornar-se cada vez mais importantes porque actuam como blocos de construção básicos para medicamentos e produtos naturais. Na Universidade de Münster, uma equipe de pesquisa liderada pelo Prof. Armido Studer desenvolveu uma estratégia inovadora para edição de esqueleto químico. Eles estão se concentrando na substituição de átomos de carbono por nitrogênio nessas estruturas, o que poderia revolucionar tanto a síntese de medicamentos existentes quanto a criação de novos compostos terapêuticos. De acordo com as conclusões de uni-muenster.de Essa troca e a reestruturação do esqueleto molecular funcionam, principalmente para indóis e benzofuranos.
Esta nova metodologia permite que os indóis sejam convertidos em indazóis, com o processo ocorrendo através de intermediários com anel molecular aberto. Esses intermediários também têm potencial para serem transformados em benzimidazóis. Uma estratégia de reestruturação semelhante também se aplica aos benzofuranos, que podem resultar em compostos líderes como os benzisoxazóis ou os benzoxazóis. A utilidade destas transformações químicas é significativa porque os compostos resultantes são biologicamente activos e têm ampla aplicação em contextos terapêuticos. Os resultados foram publicados na conhecida revista “Nature” e assim contribuem para expandir a caixa de ferramentas sintética para edição de esqueletos.
Avanços na edição do genoma
Paralelamente a estes desenvolvimentos químicos, os biólogos moleculares estão a mostrar progressos significativos na edição do genoma. Nesta disciplina, os editores de base surgiram como uma tecnologia importante. Esses métodos de edição, baseados em complexos moleculares especializados, permitem a conversão precisa de bases de DNA. Em particular, os editores de adenina e citosina que surgiram do laboratório de David Liu mostraram um sucesso promissor, inclusive no tratamento de doenças genéticas como a progéria de Hutchinson-Gilford. Esta mutação genética, que provoca o envelhecimento prematuro, foi significativamente tratada em ratos, duplicando a esperança de vida de 215 para 510 dias. Isto tem sido atribuído à eficiência dos editores de base, que são capazes de fazer alterações específicas no genoma sem desencadear erros genéticos em grande escala, conforme relatado por laborjournal.de é relatado.
Embora os avanços na edição do genoma ofereçam um enorme potencial para curar doenças genéticas, permanecem preocupações éticas e de segurança. A Associação Médica Alemã (BÄK) publicou, portanto, uma declaração sobre a edição do genoma, que descreve os desafios e oportunidades existentes destas tecnologias. Um tópico central nesta discussão é a distinção da terapia genética convencional. Ao contrário da terapia genética, que normalmente visa introduzir novos genes, a edição do genoma visa modificar diretamente informações genéticas específicas. Isto abre novas perspectivas na investigação médica, particularmente no esclarecimento de doenças genéticas como a β-talassemia e a anemia falciforme. aerzteblatt.de está destacado.
«No entanto, o progresso está associado a desafios como efeitos secundários imprevisíveis e limites éticos», afirma o BÄK. No entanto, a utilização da tecnologia CRISPR/Cas9, nomeada para o Prémio Nobel da Química em 2020, acelerou significativamente o desenvolvimento nesta área e poderá levar a terapias personalizadas no futuro. Felizmente, já estão em andamento estudos clínicos para examinar o uso dessas tecnologias em humanos. O papel da edição do genoma em vários campos de pesquisa é interessante, desde a pesquisa do câncer até a pesquisa de infecções. É considerada uma abordagem promissora para otimizar terapias e estudar interações genéticas complexas.