Axolotes revelam armas secretas contra germes hospitalares!

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Pesquisadores do MHH descobrem peptídeos antimicrobianos na pele do axolote que combatem germes multirresistentes. Abordagens inovadoras para pesquisa de resistência a antibióticos.

MHH-Forschende entdecken antimikrobielle Peptide in Axolotl-Haut, die multiresistente Keime bekämpfen. Innovative Ansätze zur Antibiotikaresistenzforschung.
Pesquisadores do MHH descobrem peptídeos antimicrobianos na pele do axolote que combatem germes multirresistentes. Abordagens inovadoras para pesquisa de resistência a antibióticos.

Axolotes revelam armas secretas contra germes hospitalares!

O excitante mundo dos axolotes abriu uma nova dimensão na pesquisa médica. Os pesquisadores do MHH descobriram que a pele desses animais fascinantes contém peptídeos antimicrobianos (AMP) que são capazes de combater perigosos germes hospitalares e células tumorais. Esta descoberta poderá dar um contributo significativo para resolver a ameaça global à saúde representada por bactérias multirresistentes. A equipe de pesquisa liderada pela Dra. Sarah Strauss realizou extensas pesquisas sobre esses peptídeos, que fazem parte do sistema imunológico inato e ocorrem em quase todos os organismos.

O axolote (Ambystoma mexicanum) é conhecido não só pela sua notável capacidade regenerativa, mas também pelas propriedades protetoras da sua membrana mucosa. Este muco produzido contém AMP, que protege a pele de patógenos. Os pesquisadores descobriram 22 candidatos a peptídeos potencialmente eficazes e os produziram sinteticamente em colaboração com o Instituto Fraunhofer. Estes AMPs mostram uma eficácia notável contra bactérias multirresistentes, incluindo o temido MRSA.

Eficácia dos peptídeos

Os testes laboratoriais mostraram que quatro dos AMPs testados apresentaram resultados melhores do que o antibiótico de reserva vancomicina. Três destes péptidos foram capazes de induzir a morte celular programada em células de cancro da mama, indicando potenciais efeitos anticarcinogénicos. Estes resultados foram publicados na revista científica “Plos one” e oferecem uma abordagem promissora na luta contra a resistência aos antibióticos. A atividade antibacteriana do AMP é diversa, incluindo a ruptura das membranas celulares e a influência dos processos intracelulares, tornando-os candidatos eficazes contra patógenos resistentes.

Mas os desafios são significativos. O aumento global da resistência aos antibióticos representa uma imensa ameaça à saúde. O uso indevido de antibióticos aumenta a necessidade de encontrar agentes terapêuticos alternativos. Os peptídeos antimicrobianos parecem ser uma abordagem promissora, mas seu uso enfrenta desafios como estabilidade e potencial citotoxicidade.

Mais pesquisa e desenvolvimento

Mais pesquisas são necessárias para validar a eficácia do AMP. Isto inclui estudos pré-clínicos e clínicos para concretizar todo o potencial destes peptídeos. Além disso, técnicas como simulações de dinâmica molecular, que têm sido utilizadas para modelar a estrutura 3D do AMP, são cruciais. Nessas simulações, os peptídeos demonstraram possuir um amplo espectro antimicrobiano.

A pesquisa é apoiada pelo “Centro de Bioregeneração Ambystoma Mexicanum” (ABMC), que se dedica à conservação e ao aprofundamento da pesquisa de axolotes e outras espécies de anfíbios. A ameaça ao axolote no seu ambiente natural reforça a urgência destes esforços de investigação. Em última análise, o uso de AMP poderia não só revolucionar as estratégias de tratamento contra infecções resistentes, mas também influenciar o destino dos axolotes e dos seus habitats.